Oi galerinha do
bem!
Sabe, não costumo
falar diretamente de mim aqui neste espaço, claro, falo sim de meus anseios,
sonhos e pensamentos através das minhas histórias, dos meus desabafos... Isso
tudo sou eu, mas falar de mim, em primeira pessoa do singular, acho tarefa
dificil demais de se fazer sozinha...
Mas, por outro lado,
só eu mesma sei quem eu realmente sou, nem aquela que me botou neste mundo pode
dizer isso com precisão milimetrica como o que tenho em minha
mente...
Tirando claro as
visões deturpadas de mim mesma que muitas vezes desenho pros outros, e pra mim
mesma... Talvez por ter um ego inflado me saboto nos elogios, ou talvez por ser
insegura demais me escondo atrás dessa humorista não remunerada que prefere o
riso dos outros a ter que lidar com as próprias lamentações e aí sim, ter o
próprio riso frouxo...
Onde quero chegar
com essa conversa? Não sei ao certo... Acho que algumas pessoas, ou muitas, tem
aquelas que disfarçam, se sentem confusas em algum momento da vida, e tem
aquelas que ficam confusas em um momento e depois nunca mais descem pro mundo
real...
Agora, aonde entra o
meio a meio do título dessa carta resposta a mim mesma?
Por causa dessa
confusão mental, (deve ser porque estou chegando bem próximo a me tornar uma
balzaquiana), é que muitas vezes me sinto meio a meio, meio criança-meio mulher,
meio mãe-meio filha, entre uma linha tênue que me separa da adolescente que não
quer ir embora, e a mulher que anda se metendo aos poucos nas decisões da minha
vida...
Na verdade acho que
minha porção criança ainda continua bem maior, não por infantilidade, creio eu,
mas por ter essa alegria descarada, essa falta de vontade de crescer e entrar de
vez nesse mundo chato dos adultos assustadores, sem emoção e sempre sem tempo
pra brincar, seja com si mesmo, com os outros ou com os
filhos...
Não quero ser esse
adulto, não vou ser...
E como viver sem música para mim é viver sem respirar, minhas inspirações do dia, uma pra minha porção criança, a outra pra minha porção mulher!
Enjoy!
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